A ideia predominante na sociedade
mundial desde o surgimento da propriedade privada foi e ainda é, desenvolver
suas tecnologias para acumulação cada vez maior de riquezas. Atualmente sabemos
que este desenvolvimento tem um preço, porém antigamente não se apregoava a
consciência ambiental que é tanto discutida em nosso cotidiano.
Fato
inegável é que o homem detentor dos meios de produção adquire sua riqueza em
detrimento de algo, que é composto basicamente pela exploração do trabalho de
seu próximo através da mais valia e o uso descontrolado dos recursos naturais
oferecidos pelo meio. No século XVII Malthus já alertava sobre o crescimento da
população e a redução de oferta dos recursos naturais, desde então, vêm
surgindo pensadores e cientistas que levantam questões e provam através de
pesquisas que a humanidade deve sim mudar suas atitudes em relação ao meio
ambiente.
Quando
pensamos em uma sociedade desenvolvida, logo nos vem à cabeça a acessibilidade
de todos às tecnologias altamente avançadas que proporcionam comodidade,
segurança e bem estar ao ser humano. Infelizmente este desenvolvimento
constante e acelerado promove perdas ambientais e culturais.
Perdas
ambientais porque com o fomento de novas tecnologias, temos como consequência o
aumento do consumo, logo, aumento das indústrias e por fim aumento do uso de
recursos naturais, sem que o meio tenha a chance de se regenerar, portanto, resume-se
em impactos ambientais cada vez maiores e constantes.
Considerando
que o homem é um ser adaptável que transforma e se tem a capacidade de se adaptar
no ambiente transformado, e que suas ações de transformação sobre o meio está
incorporado ao seu cotidiano, ou seja, não há como viver no meio sem
transforma-lo. Podemos dizer que, com seu desenvolvimento no decorrer na
história, ao adquirir conhecimento sobre novas tecnologias e aumentando a
exploração de recursos naturais, além de, como dito anteriormente, provocar
perdas ambientais, o homem provoca sobre si mesmo a perda de seus valores
culturais. Com a mudança do meio em que vive, o homem não conseguirá manter as
mesmas rotinas e valores.
Neste
contexto reforçamos o que Vidal De La Blache dizia: o homem faz parte da
natureza, e a transforma através do trabalho, porém ao transforma-la sofre suas
ações, ou seja o homem é ativo e passivo em relação ao meio ambiente. Assim,
devemos cada vez mais pensar em atitudes sustentáveis para amenizar a resposta
da natureza sobre nós.
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